Embora não seja 100% vegano, Arnold Schwarzenegger já quase não come carne aos 78 anos. E revela uma investigação que associa a morte com o stress do animal a uma pior qualidade da sua carne.
A maioria das pessoas que consome carne animal esquece-se da qualidade da carne e, portanto, não se preocupa com a sua origem. Mas está comprovado que a forma e o momento em que um animal vive e morre podem influenciar significativamente o que chega ao seu prato. O stress contínuo dos animais altera a química da carne, mudando o seu sabor, textura e até mesmo a qualidade nutricional.
Os investigadores estudaram diferentes animais durante 3 anos, monitorizando os níveis de pH no tecido muscular. Porquê o pH? Porque revela o nível de stress do animal antes de morrer. Quando os animais sofrem stress, os seus músculos utilizam as suas reservas de energia de forma diferente, o que resulta em níveis de pH anormais que podem tornar a carne muito mais dura, menos saborosa e mais propensa a deteriorar-se em menos tempo.
Arnold Schwarzenegger após deixar de comer carne aos 78 anos: «O stress dos animais esgota o glicogénio da sua carne»
Os dados mostraram que os valores de pH diminuíram previsivelmente quando os animais foram abatidos em condições tranquilas; no entanto, o stress prévio interrompeu essa diminuição. Essa alteração correlacionou-se diretamente com piores qualidades sensoriais da carne. Por outras palavras, um final stressante para o animal traduz-se numa menor qualidade para o consumidor.
Isto ocorre porque o stress esgota o glicogénio (energia armazenada) nos músculos, que normalmente ajuda a regular a acidez após a morte. Sem glicogénio suficiente, a carne pode ter um sabor metálico, quase ácido, perder maciez e estragar-se mais rapidamente. Portanto, se quer carne que não seja apenas mais saudável, mas também mais agradável e de qualidade, a origem é importante, assim como o cuidado com o animal, que não deve ser estressante para ele até a sua morte.
