A colossal construção chinesa na América do Sul que unirá três países e dois oceanos

A América do Sul prepara-se para um ambicioso corredor ferroviário apoiado pela China, que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico. A região da América do Sul prepara-se para ser palco de uma das construções mais ambiciosas do século XXI. Trata-se de um megaprojeto que pretende unir o oceano Atlântico ao Pacífico através de uma moderna rede ferroviária, com o apoio financeiro e tecnológico da China.

A construção promete encurtar distâncias, reduzir custos de transporte e abrir novas rotas comerciais que podem mudar completamente a dinâmica das exportações na América do Sul. Além disso, busca posicionar o continente como um concorrente direto em relação às vias já consolidadas no comércio internacional.

Atravessará selvas amazónicas, planaltos bolivianos e zonas costeiras do Pacífico, combinando ecossistemas únicos.

A colossal construção chinesa na América do Sul que unirá três países e dois oceanos

A construção é conhecida como Corredor Ferroviário Bioceânico Central e foi concebida para atravessar três países estratégicos da América do Sul: Brasil, Bolívia e Peru. A sua importância reside no facto de conseguir unir dois oceanos e facilitar o transporte de mercadorias em tempos muito mais curtos do que os atuais.

Através desta linha ferroviária, a América do Sul poderá integrar-se de forma mais eficaz no comércio com a Ásia e a Europa, oferecendo uma alternativa ao Canal do Panamá. Impulsionada por empresas da China e apoiada pelos governos locais, esta construção representa uma aposta a longo prazo na conectividade e no desenvolvimento regional.

Estima-se que uma viagem de carga entre o Brasil e a Ásia poderá ser reduzida em até 30 dias em relação às rotas marítimas tradicionais.

Como é essa construção colossal da América do Sul?

Além do transporte de carga, o comboio poderia abrir novas rotas turísticas na América do Sul, conectando regiões pouco exploradas. As características mais destacadas dessa construção:

  • Extensão total: contará com cerca de 3.750 quilómetros de vias férreas, atravessando paisagens de grande complexidade geográfica.
  • Países conectados na América do Sul: unirá o Brasil, a Bolívia e o Peru, integrando as suas economias num corredor estratégico.
  • Portos de ligação: conectará o porto de Santos, no Brasil (Atlântico), com o de Ilo, no Peru (Pacífico).
  • Investimento estimado: esta construção ultrapassa os 10 mil milhões de dólares, com forte participação de capital chinês.
  • Impacto esperado: reduzirá os custos logísticos, fomentará o comércio e gerará desenvolvimento económico regional.
  • O comboio deverá atravessar a cordilheira andina a mais de 4.000 metros de altitude, enfrentando um dos maiores desafios de engenharia ferroviária do mundo.
Alisia Pereira/ author of the article

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