O abandono de objetos em pontos de recolha tem aumentado nos últimos tempos. O que começou como um gesto solidário terminou numa sanção económica inesperada para Oliver Kubanek, um cidadão de Dortmund de 54 anos. No passado dia 22 de janeiro, Kubanek deixou cinco garrafas de vidro com depósito junto a um contentor na Kuithanstrabe, com a intenção de que pessoas necessitadas as pudessem recolher. No entanto, a sua ação foi observada pelo Serviço de Investigação de Resíduos (DFAE) da cidade, que documentou o facto e solicitou a sua identificação.
Oito meses depois, Kubanek recebeu inesperadamente uma notificação oficial: tinha sido multado em 128,50 euros por cometer uma suposta infração administrativa. Embora tenha tentado explicar os seus motivos à Câmara Municipal, a sanção foi mantida. De acordo com a regulamentação local e a Lei de Gestão do Ciclo Fechado de Substâncias (KrwG), o depósito de resíduos — incluindo garrafas vazias — em espaços públicos é proibido, independentemente da intenção.
Christian Stein, porta-voz municipal, explicou que não há margem de manobra nesses casos, uma vez que o abandono de objetos em pontos de recolha tem aumentado nos últimos tempos e que esse comportamento pode incentivar ações semelhantes. Assim, a cidade realiza controlos periódicos em áreas sensíveis para combater esse problema.
Kubanek, que costuma deixar garrafas para que outras pessoas possam beneficiar do dinheiro do depósito sem precisar mendigar, critica a posição oficial. Embora compreenda a regulamentação, considera que deveria haver exceções quando a intenção é ajudar. A administração, por sua vez, sugere que aqueles que desejam colaborar o façam trocando o depósito e doando o dinheiro diretamente a organizações como a Gast-Haus e.V.
Este episódio, tal como relatado pelo meio de comunicação alemão, fez com que Kubanek repensasse as suas ações futuras. Ele sabe que uma segunda infração poderia acarretar uma sanção ainda maior e lamenta que um ato de solidariedade possa ter consequências tão severas.
