Tudo se deveu a um programa governamental de eficiência energética levado a cabo em Inglaterra. Uma reforma que deixou a casa muito pior do que estava. Um casal da cidade de Burnley (Inglaterra) recebeu uma oferta de uma empresa para realizar obras de isolamento térmico gratuitamente, graças a um programa governamental de eficiência energética.
Richard Hepke, 58 anos, um dos membros do casal afetado, disse ao meio de comunicação britânico The i Paper que «essa empresa de isolamento nos disse que assim pouparíamos muito dinheiro em gastos com aquecimento».
Depois de realizada a reforma, tudo parecia estar bem. Durante o inverno seguinte às obras, o casal beneficiou efetivamente de uma redução considerável nas contas.
No entanto, dois ou três anos após a reforma, surgiram graves danos na habitação e começou a aparecer bolor. Na verdade, parte do gesso que estava por trás do papel de parede de uma parede chegou a cair. No total, o mau isolamento térmico afetou três paredes do imóvel.
O que, em princípio, era gratuito, acabará por sair muito caro ao casal. As obras para reparar os estragos custar-lhes-ão aproximadamente 120 000 libras (cerca de 138 000 euros, à taxa de câmbio atual).
A primeira coisa em que começaram a trabalhar foi a cave, mas a renovação complicou-se e acabou por se prolongar mais do que o esperado.
O casal não é o único que se encontra numa situação semelhante. De acordo com o The i Paper, a casa de Richard Hepke e sua esposa é apenas uma das «dezenas de milhares» de habitações nas quais foi instalado um isolamento térmico defeituoso no âmbito do referido programa governamental de eficiência energética.
Mais concretamente, de acordo com um relatório do Gabinete Nacional de Auditoria citado pelo The i Paper, as reformas associadas ao programa tornaram necessária a reabilitação de cerca de 22 000 habitações com isolamento térmico exterior e até 13 000 com isolamento térmico interior.
