Descubra como a NASA revelou a existência de um oceano subterrâneo, uma descoberta que transforma a nossa compreensão do planeta. Um grupo de investigadores da NASA descobriu a existência de um oceano salgado e subterrâneo, não na Terra, mas no nosso sistema solar. Este oceano está localizado numa das 95 luas de Júpiter e pode representar uma mudança significativa na ciência.
Essas massas de água podem indicar a presença de corpos no espaço capazes de abrigar vida. Por esse motivo, Calisto, um dos satélites naturais desse gigante planetário, está sendo objeto de uma análise exaustiva.
Descoberta da NASA: como localizaram o oceano oculto?
A equipa liderada por Corey J. Cochrane publicou na AGU Advances que utilizaram dados da missão Galileo para rever medições magnéticas obtidas durante vários sobrevoos da segunda maior lua de Júpiter. Esses dados, coletados em 1990, revelaram um sinal de indução magnética que indicava uma interação entre o campo magnético do gigante gasoso e uma camada condutora na lua.
Após uma análise exaustiva, apesar da dificuldade em estudar a sua atmosfera gasosa, concluíram que as observações magnéticas não eram apenas um efeito da ionosfera. Assim, determinaram que existe um oceano subterrâneo.
O que significa o oceano subterrâneo de Júpiter para a ciência?
O estudo de Cochrane indicou que este oceano subterrâneo seria profundo e extenso, com dezenas de quilómetros. Além disso, teria uma camada de gelo que variaria em espessura. Embora as evidências sejam promissoras para a ciência, ainda são necessários mais resultados para confirmar a existência do corpo de água. Por isso, missões como a Europa Clipper da NASA e a JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) da Agência Espacial Europeia serão fundamentais para descobri-lo.
Se confirmado, seria um marco científico sobre a habitabilidade de espaços fora da Terra. Os especialistas continuam a investigar as possibilidades para o desenvolvimento da vida, tal como é feito na Europa, outra lua de Júpiter.