A Titanoboa que «substituiu» os dinossauros pesava uma tonelada e media 14 ou 15 metros de comprimento. O que Colom tem a ver com isso? Maior do que um autocarro escolar e mais pesada do que um automóvel. Estas são duas características de uma grande serpente da pré-história, a Titanoboa, que, segundo se afirma, «dominou» a Terra há 60 milhões de anos.
Essa cobra existiu logo após a extinção dos dinossauros. Eram os tempos do Paleoceno (há cerca de 58-60 milhões de anos). Edwin Cadena é um geólogo, natural de Santander, especializado em estudos paleontológicos e que se estabeleceu na Alemanha.
Segundo Cadena, «a descoberta do fóssil da Titanoboa é única na Colômbia e no mundo, e até o momento não há registros de aparições de cobras como essas». Para a ciência, a cobra é a Titanoboa cerrejonensis.
O geólogo, citado no site do Instituto Humboldt, explicou que o nome científico da espécie se deve ao facto de ter sido encontrada nas minas de Cerrejón, em La Guajira. Cerrejón é uma das maiores minas de carvão a céu aberto do mundo, segundo a National Geographic. Por isso, enfatiza que a cobra «existia apenas no norte da América do Sul e a sua presença é posterior à época dos dinossauros».
A Titanoboa que «substituiu» os dinossauros pesava uma tonelada e media 14 ou 15 metros de comprimento. A gigante Titanoboa «não era venenosa». Depois da Titanoboa, foram encontrados crocodilos gigantes, tartarugas e folhas grandes.
No entanto, tal como as jibóias atuais, era uma constritora, detalha LA Lotus Festival. Destacam que, segundo os cientistas, a Titanoboa se alimentava de peixes. No LA Lotus Festival, explicam que os dentes desta cobra, «ligeiramente aderentes, foram concebidos para capturar presas escorregadias e que se contorciam debaixo de água».

Uma cobra «termómetro»
O ambiente selvagem de há 58 milhões de anos «revela que esta cobra se comportava como uma anaconda, movendo-se com facilidade tanto na corrente dos rios como nos pântanos»: era o maior predador da selva do Paleoceno, divulga a National Geographic Espanha. O cientista colombiano explica que «várias das causas que permitiram a existência de uma cobra com mais de 14 metros de comprimento e uma tonelada de peso foram consequência clara das altas temperaturas do planeta».
Isso permitiu «uma aceleração do metabolismo das espécies, gerando como resultado um grande crescimento». O LA Lotus Festival indica que a Titanoboa, mais do que a maior cobra da história, era um «termómetro vivo, prova de uma Terra mais quente e volátil». Eles destacam que a Titanoboa «se tornou uma cápsula do tempo».
Foi fundamental para os cientistas analisarem:
- como a vida se recuperou após os dinossauros.
- como os ecossistemas se remodelaram após uma extinção em massa.
- evidências diretas de climas tropicais antigos.
